quarta-feira, 5 de julho de 2017

Democracia Ateniense: “só sei que nada sei”, diz o acusado


“Pena capital é o que ele merece!”, “Cicuta nele!”, “Vá e leve Xantira junto!”, foram algumas das frases que compunham o julgamento nesta segunda-feira, 399 a.C. na tribuna popular de Atenas.
Sócrates, o acusado pelo povo de Atenas, foi julgado pelo júri na manhã de hoje. Segundo o parlamento, as acusações ocorrem de que Sócrates não reconhece os deuses do Estado, introduz novas divindades e corrompe a juventude.
O acusado, famoso por sua habilidade com as palavras, construía questões como apoio para que fosse absolvido. “Não seria injusto me julgar injustamente?”, perguntava Sócrates a todo o momento.
Para Sócrates, os motivos que levavam os jovens a decadência era o sistema. “É tudo culpa do PT”, exclamava.
 Segundo acusadores, Sócrates estaria tentando desvirtuar os jovens. “Meu filho chegou em casa falando que tinha ouvido esse tal de Sócrates dizer que os deuses não existiam, e me pedindo se isso era verdade” disse Medéia, que concluiu: “chega de deixar este homem corromper nossos filhos, ele é uma ameaça!”.
Conforme testemunhas, Sócrates esperava os jovens que saiam do ócio escolar, e os levava para discussões, criticando governo e sistema. “É um covarde, fica falando um monte de besteira e não assume o que fez”, ressaltou Edésio, que disse ter visto Sócrates conversando com jovens em uma praça próxima à escola de Atenas, “é claro que ele estava enchendo a cabeça dos jovens de conversa fiada”, complementou.
Alguns atenienses no local se revoltaram com Platão, o juiz, alegando que Sócrates não era culpado causou alvoroço e insatisfação no tribunal, sendo expulso por fim e destinado a escrever diálogos pelo restante de sua vida.

Contudo, as acusações sobre Sócrates pesaram mais no veredicto final do Júri. O réu foi condenado à morte, e sabendo de que nada sabia morre bebendo um cálice de Cicuta.  

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