sexta-feira, 19 de maio de 2017

A casa caiu sem ao menos estar de pé



Com um placar agregado de 9 a 0, o Cascavel foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paranaense 2017 pelo Curitiba, no dia 12 de abril. Nada é tão ruim que não possa piorar, e o time da serpente é a prova viva – agora nem tão viva assim –, de que isso é real. Como se não bastasse a derrota dentro de casa para o Curitiba no último dia 2 com um placar de 5 a 0, o time conseguiu aumentar o prejuízo perdendo mais uma, agora por 4 a 0.

Números tão expressivos, com certeza, não eram esperados pela torcida cascavelense, isso por conta da intensa propaganda feita a favor do time e, principalmente, do seu estádio. O incentivo era grande tanto para os atletas quanto para nós torcedores. Estávamos todos encorajados pelas promessas de um time renovado taticamente, que acompanhasse o progresso e evolução do Estádio Olímpico Arnaldo Busatto.

Não podemos negar que a equipe de dirigentes e diretores da serpente atuaram bem na campanha de divulgação do time. Eles conseguiram mascarar todos os percalços e atrasos da obra de revitalização do Estádio Olímpico, reafirmando a ideia de que todo problema gerado pela gestão do sistema público acaba sendo abafado com o tempo e esquecido pela maioria da população. A casa do Futebol Clube Cascavel (FCC) esteve de portas fechadas durante 14 meses, seis a mais que o prazo inicial estipulado pela construtora responsável pelas obras.

A reforma que ainda não foi totalmente concluída limita o número de torcedores em 9.999 pagantes. Isso por conta da falta do sistema de monitoramento do estádio, que segundo a legislação, é obrigatória a partir dos 10 mil pagantes. Ainda assim, as obras garantem cadeiras novas na área coberta, vestiários padrão FIFA e cabines de imprensa revitalizadas, entre outras reformas em geral. As melhorias tiveram um custo de R$ 8,374 milhões, R$ 1,7 milhões a mais que o limite estipulado pelo projeto que contava com um caixa inicial de R$ 6,669 milhões. Enquanto isso, o projeto que estipulava 27 mil lugares e não dispõe nem de metade desse número, segue em andamento.

Agora, nada mais resta ao Cascavel além de focar todo seu treino e preparo físico em terminar as obras do Estádio Olímpico. Talvez, a equipe responsável pelo fim da empreitada gostaria de ter como companheiro de trabalho, ou até mestre de obras, o ilustre Agenor Piccinini, técnico responsável pela campanha humilhante e vexaminosa do FCC no Campeonato Paranaense 2017.

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