sexta-feira, 19 de maio de 2017

Grampo honesto

Todo mundo é meio duas caras. Quando você cresce descobre que alguns por maldade outros por regra de sobrevivência e adaptação.

Tem gente que nem uma coisa nem outra. Vai sendo levado pelo meio social, se entregando às desvirtudes do ser e se, por acaso se dá conta cai em sofrimento existencial. Eu já vi acontecer.

Creio que por fazer esse tipo de análise é que eu acompanho a atual situação política como gosto de acompanhar futebol com meu namorado: fazendo graça seja de quem for o gol ou a falta.

Deve pensar a cúpula política, que falando à imprensa, se repetirem palavras bonitas e discursos idôneos por muitas vezes o povo esquece. Penso que eles estão certos.

Fico pensando também como seria se nos grampos os envolvidos decidissem se comportar como fazem em pronunciamentos oficiais.

Envolvido1: Com esse negócio, eu perdi o contato porque ele virou investigado, agora eu não posso, também...eu não posso encontrar ele.

Envolvido2: Com todo o respeito, eu queria primeiramente dizer que eu não reconheço esse tipo de esquema. Todo e qualquer [inaudível] deve ser investigado.

Envolvido1: Ah... o negócio dos vazamentos? O telefone lá [inaudível], volta e meia citava alguma coisa meio tangenciando a nós, e não sei o que. Eu estou lá me defendendo. Como é que eu... o que é que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora. Eu tô de bem com o ele...

Envolvido2: Peço que mantenha a minha imagem fora desse tipo de falcatrua. O Supremo Tribunal Federal precisa ter acesso a esse material. [inaudível] precisa compreender que sempre honrei meu nome, na universidade, na vida pública, no pescoço das donzelas que encantam o mundo com seu recato e esplendor. Por tudo isso é que não posso me manter eximido desse tipo de declaração.

Envolvido1: Presidente?

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