quinta-feira, 6 de julho de 2017

Legalização do Uber tramita na Câmara de Vereadores de Cascavel

 
    As tecnologias que permeiam a sociedade sempre são moldadas por forças de estruturas sociais. Inovações e expectativas de retorno financeiro são costumes da sociedade, sendo exatamente o que ocorre com o aplicativo para celular Uber. A empresa Norte Americana prestadora de serviços na área do transporte privado urbano, já não é novidade no Brasil, porém, vem sendo amplamente discutida em Cascavel. Tendo em vista isso, creio que já estava mais do que na hora de trazer o Uber para Cascavel.

    Foi protocolado esta semana na Câmara de Vereadores de Cascavel, o Projeto de Lei 30/2017, que regulamenta as atividades do Uber e demais aplicativos utilizados para o transporte privado individual de passageiros. O objetivo segundo os autores do projeto é incentivar novos modais de transporte e melhorar a mobilidade urbana no Município de Cascavel, assegurando a livre concorrência de maneira justa além de garantir a segurança e confiabilidade nos serviços prestados. 

    A discussão que tomou conta das redes sociais, leva em consideração os dois lados da moeda. Enquanto taxistas protestam em frente à Prefeitura, afirmam que a prática é fraudulenta e fere os seus direitos como trabalhadores, visto que o preço de uma corrida pelo Uber é bem mais barato do que por um táxi convencional. Sei que argumentos não faltam para ambos os lados. Usuários querem um serviço de qualidade, com preço justo, comodidade e é claro, segurança. Estes quesitos são oferecidos tanto pelos táxis quanto pelo Uber.

    Embora a questão de segurança ainda seja questionável quanto ao Uber, é inegável a comodidade e conforto que os motoristas oferecem a seus clientes. Já nos táxis, a confiança é maior devido a tradição do transporte, porém pecam quanto ao conforto. Em cidades onde o Uber já foi implantado, notou-se uma grande queda no tráfego de táxis nas ruas. Usuários relatam a facilidade do aplicativo, agilidade e conforto. Isso revoltou a categoria de taxistas, onde foi registrado um alto índice de violência entre taxistas e motoristas de Uber. Estes fatos destroem a credibilidade dos taxistas, como que alguém vai confiar em um taxista, se ele quer resolver o assunto com violência? Apesar de não poder generalizar a categoria, percebo que a visão dos usuários do transporte privado acaba pendendo para o lado do Uber.

    Quanto ao preço dos táxis, é compreensível o valor alto. O táxi necessita de outorga, pagam vários tributos, têm seguro obrigatório alto para cobertura de passageiros. Em contra partida, na compra dos automóveis, os taxistas são isentados do IPI. Alguns taxistas ainda tem direito a pontos fixos com vagas espalhadas por toda a cidade. Portanto, vejo que não são só pontos negativos que os taxistas podem utilizar como argumento. Sobre a discussão, defino que há prós e contras. Fato é que não se pode ignorar a realidade. A tecnologia dos aplicativos existem e veio para ficar. Cabe ao poder público, agora, regulamentar e tornar justa a relação entre eles, sempre priorizando o usuário. Quanto a qual é o melhor meio de transporte privado, o Uber ou o táxi, somente o usuário que tem poder de definir por si só qual julga ser melhor. 

    A partir das considerações feitas, fico ciente que estamos diante de uma oportunidade de modernizar o transporte coletivo. Caso a legalização do Uber seja aprovada, os taxistas terão que adequar seus carros para garantir mais conforto, segurança e conveniência do serviço, para eventualmente termos uma concorrência justa, onde o usuário será o maior beneficiado. Enquanto a tramitação demora, resta a nós Cascavelenses aguardar, e continuar utilizando os táxis ou até mesmo o transporte coletivo, que infelizmente é precário em todas as comparações com o Uber. Podemos então ter uma grande evolução tecnológica em Cascavel, ou podemos também, infelizmente, jogar esta oportunidade fora, repetindo o mantra de que vivemos em uma metrópole em construção.

Ele está chegando

 
    Os meses passando e eu feliz, trabalhando e estudando... Aquela velha rotina de sempre, mas um calafrio sempre me assombrava. Ele estava chegando. Eu o conhecia muito bem, pois já nos encontramos pelo menos 27 vezes, mesmo, assim, sempre tive aquele medo. Ele era muito frio com todos, mesmo, assim, alguns gostavam dele, outros simplesmente, assim, como eu, o odiavam. Finalmente estava chegando o grande dia, ia encontrá-lo mais uma vez amanhã. Já acordei todo tenso, me arrumei e fui trabalhar. Passei no supermercado comprar uma lata de salsichas, pois amanhã era o grande dia, então, hoje teria que ser especial. Tomei aquele café quentinho preparado pela “tia”, com um pão francês recheado com as salsichas enlatadas.

    - Que nojo essas salsichas. Balbuciava uma colega de trabalho.

    Outro pediu licença e pegou uma das salsichas. O ambiente era acostumado com pão com margarina, que as salsichas acabaram virando pauta do dia em todo o trabalho. Não era para menos, tudo o que é diferente chama atenção. Não liguei, afinal, digam o que quiser, eu gosto.

    - Na minha sala agora. – Já não bastava amanhã que iria me encontrar com ele, ainda meu chefe me chama com voz de bravo para a sala dele, o que seria?

    - Pronto.

    - Que? Há, liguei errado.

    Segue o dia, trabalhos e mais trabalhos. Ainda encontrei tempo livre para ajustar algumas atividades da faculdade, já era quase meio dia. Hora do almoço, bateu aquele sorriso. De repente a tristeza, já era quase hora dele chegar.

    Hoje fui trabalhar a pé, então pude ligar para a namorada durante o trajeto de casa. TU TU TU TU – Deixe seu recado sem pagar nada após o sss. – Odeio essa operadora.

    Chegando em casa, minha mãe também sabia que ele chegaria amanhã, não sei se fez o almoço pensando nisso ou não, mas não gostei muito. Sopa nunca foi dos meus pratos preferidos. Mas aquele barulho do meu pai chupando o caldo da sopa me incomodava bastante. Meu pai também não gostava de sopa, mas estava feliz, ele tinha um hábito de gostar de coisas que ninguém gostava.

    - Hoje tem sobremesa! – Dizia meu pai sorrindo.

    - Oba! – Já se alegrava meu irmão.

    Ninguém parecia se importar muito com quem estava para chegar amanhã, mas tudo bem, curtindo o momento já perguntei se a sobremesa era chocolate. Mas não, era gelatina. Me senti em um hospital, tomando canja, comendo gelatina e com o nariz escorrendo. Podia ser minha renite ou quem sabe a tensão de ele estar chegando?

    Voltando para o trabalho, mais um dia rotineiro, assim como foi ontem, também como será amanhã. Apesar de rotineiro, o tempo passa rápido quando você gosta de alguma coisa. Assim que deu 18 horas, peguei o carro e já fui em direção a faculdade. – Sim, fui trabalhar de carro a tarde, pois precisava ir mais cedo para a faculdade, umas regras idiotas sobre devolver equipamentos antes das 19 horas. O que faz perder minha janta. Mas tudo bem, não importa. Passei a aula toda com calafrios, ele estava chegando.

    Cheguei em casa, tomei banho e fui direto dormir, pensando em todo o sofrimento que seria depois que ele chegasse. Não havia nada que pudesse ser feito quanto a isso, ele chegaria. Apesar de tudo, dormi rápido. Acordei todo babado, levantei e fui logo me arrumar, era o grande dia. Para todos, um dia normal, para mim, ele havia chegado. A rotina precisava ser mantida, peguei um casaco a mais e fui para o trabalho. Na frente de casa tem daqueles reloginhos publicitários que todo mundo adora.

    - Meu Deus que frio, dois graus! – O inverno havia chegado.

Eu também tenho direito


    São várias as indagações que podem ser trazidas à análise sobre a exclusão social e o desrespeito aos direitos humanos no Brasil. Pesquisa apontada pela revista Exame em 2017 mostram que os locais com maiores índices de exclusão social no brasil está na ponta superior do mapa, Norte, Nordeste e Noroeste são os principais afetados. E qual é o maior problema? São muitos, praticamente impossível citar todos. Os que mais se destacam são a pobreza e a falta de saneamento básico.

    De acordo com a Lei 11.445/07, a Lei Federal do Saneamento Básico, todo cidadão tem direito a água potável, esgotos sanitários, águas pluviais urbanas, entre outros benefícios que deveriam ser concedidos pelo Governo. O fato é que isso infelizmente não acontece em grande parte do nosso amado país. Principalmente nas regiões antes citadas. É claro que os problemas não se limitam somente a estes locais, todos os cantos do Brasil estão sujeitos a estas falhas do Governo.

    Cabe a pergunta, e onde fica os direitos humanos no Brasil? É um questionamento que ainda não tem resposta. Não tem como não associar o atual estado da política brasileira, o caos que está sendo exposto com a Operação Lava Jato, mostrando a verdadeira face dos nossos representantes. Com toda essa roubalheira fica fácil imaginar porque não há dinheiro para resolver os problemas de exclusão social. Se esse dinheiro que só serve para encher os bolsos dos nossos homens de terno fossem aplicados de maneira justa, imagine as enormes possibilidades. Poderíamos até cogitar virar um país desenvolvido, assim como o Estados Unidos.

    Outra situação que ocorre muito no Brasil é quanto a xenofobia, principalmente com os haitianos que vêm para o nosso país em busca de melhores condições para suas famílias. Estes acabam ‘quebrando a cara’ ao serem submetidos a condições de vida ainda mais precárias do que em seu país de origem. O Brasil anda tão em decadência que eu arrisco dizer que daqui há alguns anos, seremos nós brasileiros que estaremos viajando para o Haiti em busca de emprego e de uma vida melhor.

Prisão domiciliar

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Final dos sonhos



Todos os fins me levam às séries americanas. O triste é quando os fins são nas séries americanas, nas minhas.
A série que estava alimentando minhas noites de domingo e inspirando as composições no meu armário ao som de Betty Davis foi cancelada.
Sophia Amoruso anunciou na última sexta-feira (24), o cancelamento de Girlboss, teoricamente uma série sobre a vida dela.
“Então, a série da Netflix sobre a minha vida foi cancelada. Enquanto estou orguhosa do trabalho que fizemos, estou ansiosa para controlar minha narrativa de agora em diante. Foi uma boa série e tive o privilégio de trabalhar com talentos incríveis, mas viver minha vida como uma caricatura, mesmo que por dois meses, foi difícil”.
E é isso. Não se sabe exatamente o que aconteceu. Se por motivos de audiência ou se Sophia quis encerrar prematuramente a história de apenas uma temporada. Parece uma atitude egoísta que a protagonista tomaria. Não que eles não pudessem continuar de forma alternativa já que se trata de
uma leitura “muito, muito livre dos fatos”.
Essa ruptura forçada com as jaquetas de couro, franjinha no cabelo e influências do glam rock me desanimou. Não só pelo fim da série, mas pelo desgaste da vida dos sonhos do meu inconsciente.
Sophia, a personagem, - talvez a verdadeira também – estava solta na vida, desiludida e nenhum um pouco disposta a se adaptar (como eu também não estou, não totalmente), mas aprendeu muito ao longo dos episódios.
Aprendeu sobre si mesma, passou muito perrengue, começou a vender roupas vintage no Ebay e criou um império multi-milionário sem ter “se adaptar” ao “mercado”.
Até acreditei nessa bobagem, mas pesquisando sobre a história por trás da série, descobri que a Nasty Gal – loja que ela abriu no Ebay e transformou em patrimônio – faliu. Eu que acredito muito forte no que me convém pensei, tudo bem, sucesso é relativo. Ela pode ter tirado muitas lições disso tudo.
Bobagem! Me resta continuar acreditando no que me convém até que eu aprenda e pensar que os fins não tem moldes.
Voltando aos meus finais, das séries. Eis os que me entristecem. Os que são fim antes de ser, ou seja, quando os produtores começam a encher a trama de retalhos só para segurar a audiência e minha relação com os personagens vai ficando enfraquecida. Eu já sei que acabou mesmo antes do decreto final. Afinal, o Dean vai matar quem depois do próprio Lúcifer?
Tem também os finais em que a série acaba, mas dentro de mim ela continua porque não foi satisfatório. De imediato penso: Vocês me fizeram perder todo esse tempo da minha vida? Depois perco muito mais tempo pensando em possíveis desfechos. E, dos finais, o pior: os abruptos.

Será que a felicidade mora no Istagram?

As redes sociais estão ao nosso alcance para auxiliar o nosso dia a dia, mas até que ponto elas realmente estão auxiliando? Os adolescentes, podemos dizer, que são os grandes afetados por essa tecnologia toda, porque no ponto de vista deles e muito mais interessante navegar pelas redes sociais do que ir estudar, ler um livro ou assistir um jornal.
Em uma recente pesquisa feita por uma agência britânica levantou que o Instagram é a pior rede social. O que fez a rede social levar esse título é pelo fato de dados levantados onde tudo nessa rede social é perfeito, todas as pessoas são felizes.
Mas essa exibição toda de tentar mostrar para as pessoas que vida é bela pode levar a doenças serias com depressão ou ansiedade. Em recente pesquisa, foi relatado que as pessoas que passam muito tempo “mexendo”, nas redes sociais são propiciais a tais doenças.
Contudo, bato do teclado novamente com os adolescentes, porque essa fase é cheia de descobertas, de tomada de decisões, em que esse exibicionismo todo das redes sociais pode ocasionar danos irreversíveis na vida desses adolescentes.   

Por isso, é extremamente importante o diálogo familiar sobre a tecnologia e certo controle por parte dos responsáveis na questão das redes sócias, porque caso esse adolescente não tem com quem conversar em casa, ou não tem regras a ser seguidas, isso aumentar muito a tendência dele procurar as tecnologias como escapatória da vida real ou com o objetivo de se sentir importante para alguém.

Vivendo em rede



O surgimento dos smartphones e da comunicação em rede criou a necessidade de tudo em um só lugar: a internet. A convergência de mídias e linguagens é uma realidade cada vez mais abrangente.
O jornal, o rádio, a novela e a vida estão reproduzidas nas redes sociais digitais, o que, claro, influência no comportamento e nas relações humanas.
Dos meios de comunicação enquanto extensões do homem, vide McLuhan, a internet se faz ou fazemos dela, a própria reprodução de nossas facetas - geralmente as boas e belas -, que queremos mostrar.
Na verdade, a necessidade de “se mostrar” já existe há milhões de anos e é quase inerente ao ser. A diferença é que o cidadão comum pode ter hoje, por meio das redes sociais, o seu próprio holofote, além de receber imensamente mais estímulos e informações.
A professora e pesquisadora em comunicação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Raquel Recuero, fala que as conexões em rede suportam as relações humanas de uma forma que é impossível de sustentar offline. De fato, não se pode ter mais de 400 amigos na vida desconectada, não há tempo
viável para se manter 400 relações fortes. O ‘adicionar amigos’ me acrescenta pessoas à vida, ainda que em uma interação nula ou superficial, que eu não teria fora da internet.
Por tudo isso, nosso alcance de influência é muito grande na web através do sistema de compartilhamento. Não por acaso existe um marketing que é digital e pessoas que são classificadas simplesmente como influenciadoras. Elas existem e trabalham para influenciar pessoas opinando ou
usando determinado produto e ganham muito por isso. Precisamos falar sobre as mudanças de comunicar e existir.

Nerve, um jogo sem regras


A produção é um suspense adolescente, mas não tenta se vender de outra forma. Não temos espaço para grandes atuações, mas dá para ficar bastante envolvido com a química (e beleza) dos protagonistas Vee (Emma Roberts) e Ian (Dave Franco).
A trama acontece por causa de um jogo que dá nome ao filme. Nerve – o jogo – consiste em desafios, os quais o participante recebe em dinheiro por executar o que lhes é proposto. Você pode ser player ou watcher. Quem assiste é quem define os desafios.
Vee, uma fotógrafa do time do colegial, se prepara para contar à mãe que quer estudar em uma Universidade distante. A atual conjuntura não é muito favorável já que a mãe perdeu o outro filho, irmão de Vee, e parece ter o futuro da moça traçado.
A protagonista sempre se sentiu à margem da amiga Sydney (Emily Meade) e começa a questionar o fato de nunca arriscar. É aí que ela vai parar em Nerve e conhece o personagem do caçula dos irmãos Franco. Nada assim tão simples.
Todo o elenco participa do jogo de alguma forma, como jogador ou participante e, quem assiste ao filme se sente parte. O que torna a história interessante é a proximidade com o real e a sensação constate de possibilidade. A velha questão de comportamento e limites potencializados pela tecnologia vem à tona, por mérito, de uma forma muito atual.
Apesar de pequenos furos de roteiro, o filme vale a 1h37 de duração de um domingo a noite.
Por último e não menos importante, a trilha sonora impecável conta com MØ, Halsey, Crystal Stilts, BØRNS e Melanie Martinez.

Entre o salto e a chuteira


Bola na trave não altera o placar. Bola na área sem ninguém pra cabecear. Bola na rede pra fazer o gol! Será que não tem mulher, sonhando em ser jogadora de futebol?
A frase conhecida da música de Skank, faz breve abertura ao esporte considerado “arte”. O futebol conquista o mundo todo. Independentemente de cor, raça, nação ou gênero a “arte de jogar bola” atrai inclusive, as mulheres.
Tudo muito bonito. No entanto, há rumores de que o futebol é considerado propriedade do público masculino. Se conquista o coração de mulheres, porque é considerado apenas do mundo dos homens?
A desenvoltura mais rígida necessária para a atividade de contato físico leva algumas pessoas a crerem, que somente homens podem praticar com excelência. Há de fato uma diferença significativa do físico masculino para o feminino, a exemplo, no tipo de fibra muscular, o tono do homem geralmente é maior que o tono feminino, no entanto, não existem bases de impedimento da realização dos exercícios por parte das mulheres.
Dizer que o esporte é “para homens” é um equívoco. As complicações e reparos para ambos, não são distintas de acordo com o gênero sexual. Os tratamentos se baseiam em condições físicas do indivíduo, não em necessariamente ser mulher ou homem.

A história de sucesso nos esportes é vivida por muitas mulheres, cada detalhe, deixa claro o gosto pelo salto e pela chuteira. As “boleiras” podem sim encarar a vida como um jogo, colocar em campo os melhores dons, e como consequência, saírem campeãs pelos gols de cada conquista vista socialmente. Mulheres praticando esporte demonstra igualdade de gênero, e nós, somos todas CAMISA 10!

O contexto muda, a responsabilidade é a mesma



Desde muito cedo crianças e adolescentes tem acesso à internet e, como tudo, o que passamos nesta fase, interfere na formação do indivíduo. O enfoque com relação ao tema precisa ser repensado.
Os pais desavisados se preocupam que os jovens sofram golpes, sem perceber que esse é apenas um dos problemas e não dos mais alarmantes.
Quem cai em golpes virtuais, em sua maioria, são pessoas mais velhas que acabaram de chegar à rede. Para os adolescentes, é muito mais fácil reconhecer um link que não se deve clicar ou uma pessoa com um ‘papo estranho’. Em contrapartida, grande parcela dos que aplicam golpes ou
ofensas na internet são adolescentes.
Uma pesquisa realizada pelo TIC Kids Online Brasil e divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mostra que 40% das crianças e adolescentes reconhecem discriminação na internet.
O percentual equivale a 8,8 milhões de jovens entre 9 e 17 anos. Ao todo, o estudo aponta que existem 23,7 milhões de internautas na faixa etária, equivalente a 80% dessa parcela da população.
A questão preocupante é que eles têm acesso à informação antes de ter
formação mental e ideológica. Conhecem a internet, mas não conhecem o funcionamento da sociedade. E onde mora o problema se não nos golpes?
Que eles se tornem se não agredidos, agressores ou replicantes de golpes e violência.
Os adolescentes acabam cedo demais sendo influenciados pela “opinião” de youtubers, sem ter vivência ou base para contraposição. Muitas vezes são replicados comportamentos sem consciência do que se tratam.
Restringir o acesso não é solução, se o objetivo é educar. A dificuldade é que muitos pais não conhecem a rede ou não acompanham o ritmo em que as coisas acontecem. Muitos também - dos mesmos que empurram tablets nas crianças e depois reclamam –, são preguiçosos.
É preciso ter a sensibilidade de perceber que os adolescentes estão expostos cada vez mais cedo, logo, precisam mais cedo de orientação. As décadas avançam assim como a tecnologia, criando gerações diferentes.
Mudar isso não é possível, mas participar da formação dos filhos ainda é obrigação dos pais.

Amor ao primeiro clique


Os avós contam muitas histórias de amor dos “tempos antigos”. As narrativas são sempre com detalhes – desde o primeiro bombom de presente até os passeios – e a frase: “no meu tempo era assim”. Hoje vivemos a nova era nos relacionamentos amorosos: de bits e gigabytes.
É difícil imaginar em tempos modernos de aplicativos de “pegação”, que nossos tataravôs tinham forte pressão familiar na escolha de seus companheiros. Muitos tiveram casamentos “arranjados”, os pais escolhiam com quem seus filhos deveriam se relacionar, e após trocar dotes, os casamentos aconteciam.
Com o passar dos anos a situação mudou. Os jovens passaram a se conhecer em bailes, cafés e piqueniques. Até aí, os que namoravam sério não tinham qualquer direito à privacidade. Os encontros entre os casais aconteciam sob o olhar atento dos pais da parceira. Nesta época, as serenatas embaixo da janela das pretendentes era o maior risco que se podia correr.
No início dos anos 90, a internet expandiu significativamente. Diversos sistemas e aplicativos, como o Messenger, nasceram e deram origem às novas formas de interação. Com o avanço da esfera virtual, tornou-se mais fácil conhecer e se comunicar, possibilitando inclusive os relacionamentos amorosos.

Entre teclados e mouses, as histórias surgem, e a tela do computador é a pista de dança dos amores pela internet. As redes sociais hoje tomam posto de “cupido”, e unem casais pela ágil comunicação que proporcionam. De conversa casual a encontro e namoro, a web exerce forte influência nos relacionamentos modernos.

Viral da comédia


Um vídeo registrado por dois homens dentro de um carro no momento do acidente seria trágico se não fosse tão cômico. O vídeo que se tornou viral na internet em poucas horas, foi um ato de extrema falta de bom senso, prudência no trânsito e imaturidade por parte dos dois. Ambos estavam em tom de euforia enquanto perseguiam um motociclista, para o qual eram disparadas ofensas incessantemente. Nada mais adequado para quem é imprudente no volante do que arcar com as consequências. Os dois não tiveram ferimentos graves, porém, certamente vão pagar caro pelos danos que o veículo teve no capotamento. Fico me perguntando o que se passa na cabeça de pessoas tão irresponsáveis. A sorte é que nenhuma pessoa além dos dois esteve envolvida no acidente, mas podia estar. Como podem dois homens habilitados se tornarem verdadeiras armas, que por sinal estão soltos, podendo futuramente cometer a mesma falha, não tendo a mesma sorte, provocando até uma vítima fatal.

O dia final


[...] Ela tinha dezoito anos, um marido de vinte e três e uma filha de dez meses.
Um dia como todos os outros, a tarde tinha aspecto bom, clima agradável e a casa da família precisava de alguns produtos da mercearia. O marido, comerciante de peixes na região, havia terminado sua lida diária. Com o carrinho adaptado que portava os peixes pescados por ele mesmo, subia pela rua de sua casa e finalizava suas vendas. Missão cumprida, ele foi a seu lar mimar a pequena criança que recém havia nascido... sua pequena filha.
Ao chegar a casa e constatar a falta dos produtos, subira até a mercearia mais próxima de sua residência. Ele sempre ia lá. Como quem esperava a despedida, pegou a criança em seus braços, beijou e a colocou no berço. Uma bitoca em sua esposa e a frase “fique com Deus”. Dirigiu-se a pé até o local. O lugar onde a fatalidade viria ocorrer.
Uma mercearia há uma quadra de sua casa, um bar. Homens jogavam baralho, ele não deixou de se sentar para tomar a merecida breja e se juntar ao jogo. Discussões ocorreram, mesas, cadeiras e garrafas de cerveja foram ao alto e o dono do estabelecimento contatou a policia local.
O marido dela se retira da mercearia. Lá fora, já a caminho de sua casa, de costas e com sacolas de compra nas mãos é atingido na nuca por duas balas disparadas. As balas atravessaram seu crânio e violentamente perfuraram sua testa. O som dos disparos ela pode ouvir. A criança chorou. A rua chorou, e o clima do dia que era bom, se configurou em tristeza e lamento.
Ela dezoito anos, a pequena menina dez meses. E agora? Indefesas e sem meios de saída. O mundo daquela jovem mulher mãe já não era mais colorido. Problemas e medos a colocaram em duvida para consigo mesma. No entanto, os dias passavam e sua única certeza era de que ela precisava vencer. Pés no chão, ela seguiu firme. Sem marido, sem alento, somente com a filha. Ela seguiu.

Era corajosa. Era mulher e era mãe.   

Ciclismo x alimentação: os benefícios de uma vida saudável

Uma boa preparação para qualquer atividade física é fundamental. A importância de ingerir alimentos específicos pode ajudar no desenvolvimento físico e mental. A alimentação certa é indispensável antes e depois dos treinos.
O ciclismo exige um cuidado mais reforçado, por se tratar de uma atividade de longa duração, alimentos com carboidratos e com propriedades antioxidantes como, por exemplo, frutas cítricas e tomate. A hidratação, também é de extrema importância, para quem almeja um bom desempenho nas provas e treinos.
A utilização de suplementos alimentares nem sempre é recomendada. Para muitos atletas é dispensável, por manter uma alimentação adequada, fornecendo todos os nutrientes essenciais para a prática dos exercícios. Mas, em alguns casos o uso de suplementos alimentares é essencial, o atleta que não se adapta a uma nova grade de alimentos ou por não atingir as necessidades nutricionais suficientes.

 Para quem leva o esporte mais a sério, nos períodos de competições é muito importante armazenar energia no músculo e aumentar os carboidratos cerca de três dias antes da prova. Hoje, as pessoas estão cada dia mais tomando consciência de quão é importante se alimentar bem, na prática de esporte isso se torna mais importante ainda.

Democracia Ateniense: “só sei que nada sei”, diz o acusado


“Pena capital é o que ele merece!”, “Cicuta nele!”, “Vá e leve Xantira junto!”, foram algumas das frases que compunham o julgamento nesta segunda-feira, 399 a.C. na tribuna popular de Atenas.
Sócrates, o acusado pelo povo de Atenas, foi julgado pelo júri na manhã de hoje. Segundo o parlamento, as acusações ocorrem de que Sócrates não reconhece os deuses do Estado, introduz novas divindades e corrompe a juventude.
O acusado, famoso por sua habilidade com as palavras, construía questões como apoio para que fosse absolvido. “Não seria injusto me julgar injustamente?”, perguntava Sócrates a todo o momento.
Para Sócrates, os motivos que levavam os jovens a decadência era o sistema. “É tudo culpa do PT”, exclamava.
 Segundo acusadores, Sócrates estaria tentando desvirtuar os jovens. “Meu filho chegou em casa falando que tinha ouvido esse tal de Sócrates dizer que os deuses não existiam, e me pedindo se isso era verdade” disse Medéia, que concluiu: “chega de deixar este homem corromper nossos filhos, ele é uma ameaça!”.
Conforme testemunhas, Sócrates esperava os jovens que saiam do ócio escolar, e os levava para discussões, criticando governo e sistema. “É um covarde, fica falando um monte de besteira e não assume o que fez”, ressaltou Edésio, que disse ter visto Sócrates conversando com jovens em uma praça próxima à escola de Atenas, “é claro que ele estava enchendo a cabeça dos jovens de conversa fiada”, complementou.
Alguns atenienses no local se revoltaram com Platão, o juiz, alegando que Sócrates não era culpado causou alvoroço e insatisfação no tribunal, sendo expulso por fim e destinado a escrever diálogos pelo restante de sua vida.

Contudo, as acusações sobre Sócrates pesaram mais no veredicto final do Júri. O réu foi condenado à morte, e sabendo de que nada sabia morre bebendo um cálice de Cicuta.  

Inclusão, igualdade, respeito e cidadania

Milhares de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, muitos destes sofrem, constantemente, com a exclusão e o preconceito nas escolas, na comunidade e no mercado de trabalho. Promover a inclusão é um fato essencial e urgente no país e para que alcancemos o cenário ideal de igualdade e respeito, passos importantes precisam ser dados, afim de erradicar a marginalização de portadores de deficiência.
A inclusão é um tema que divide opiniões, alguns defendem a inclusão em todos os setores da sociedade, enquanto outros entendem que, por vezes, os processos de “inclusão” dão margem para o bullying entre outros tipos de violência. As escolas com políticas inclusivas são a melhor forma de erradicar o preconceito e a exclusão. As novas gerações precisam conviver e crescer com pessoas com deficiência para entender que ser diferente é normal e que a união e o respeito são bases fundamentais para uma sociedade justa e promissora.
Porém, não basta “tapar o sol com a peneira” e simplesmente matricular alunos com deficiência no ensino regular. Tal atitude apenas complicaria a situação. Uma escola despreparada ao invés de promover o crescimento e a integração entre os alunos poderia facilitar a violência física e psicológica dos alunos com alguma deficiência além de atrasar seu progresso. A estrutura da escola, o corpo docente e toda a equipe escolar devem ser adaptados para receber alunos com necessidades especiais para que esse aluno seja respeitado e tenha a mesma oportunidade de ensino que qualquer outro aluno.
A falta de conhecimento de grande parte da sociedade faz com que a deficiência seja vista como um peso ou um problema. Pessoas surdas, cegas com deficiências físicas ou mentais, por vezes, são tratadas como incapazes. Mas em realidade o que deve ser levado em consideração são os grandiosos exemplos de superação, a forma linda com que as pessoas vencem suas limitações e seguem suas vidas de forma admirável.

É necessário alterar a visão social, promover a inclusão escolar de forma organizada e eficiente, acatar a legislação vigente que garante a todo cidadão direto a princípios básicos tais como saúde, segurança e educação. Investir em programas sociais e fazer uso da mídia da cibercultura e das novas tecnologias. Pois a sociedade deve compreender que ser diferente é normal e que todos nós temos características próprias, portanto cada um merece respeito seja qual for sua necessidade ou particularidade. Os portadores de deficiência são cidadãos produtivos, participantes e com direitos e deveres tais como todos os outros. Portanto, defender e promover a inclusão social é exercer sua cidadania.

Metodologia de ensino fracassada


Desde a infância frequentamos a escola, e após o término da quarta série ingressamos no colégio, que nos promove uma bela formatura no terceiro ano do Ensino Médio, para então seguirmos na vida adulta.

Já está sendo quase obrigatório, nos dias atuais, ter uma faculdade no currículo. Independente da idade, a maioria das pessoas passa por essas instituições, a procura de maior conhecimento e especialização em determinadas áreas.

Porém, formar-se na faculdade se tornou cada vez mais difícil, pois conciliar trabalho, casa, família e lazer com os estudos não é fácil. Faculdade não é igual o colégio, que pode ser levado de “qualquer jeito”, deve-se ter dedicação para aprender e ser um bom profissional.

A questão que mais me intriga é: porque temos professores que não cumprem com o seu papel de educar, mas exigem muito de seus alunos? Creio que não só eu, mas várias pessoas, já passaram por esse tipo de profissional da educação.

Não falo de todos os professores em geral, pois em sua maioria cumprem com o papel de ensinar, explicar e cobrar o que deve ser cobrado – o que o aluno é capaz de fazer, dando o seu melhor. Mas, sempre tem aquele professor que só quer “ferrar” com o estudante, que não passa o aluno de ano por “birra”, não vendo o esforço e capacidade do mesmo.


O nosso ensino já está falido há muito tempo, alunos procuram apenas por “notas”, pois é isso que alguns professores querem, não se importando com o conhecimento adquirido. Falo tudo isso com imensa tristeza, porque ao invés de formarmos pessoas com capacidades e habilidades distintas, estamos apenas formando robôs com uma nota estampada na testa.

Fake News: Uma pandemia que assombra a democracia

As falsas notícias geram impacto muito negativo na formação de opiniões e na manutenção da democracia. Neste sistema governamental o cidadão é
livre para expressar ideais e da mesma forma tem acesso fácil às opiniões alheias. Entretanto, é valido lembrar que quando se fala de notícia esta deve se originar de um fato ou acontecimento verídico e deve ser construída com o depoimento de fontes confiáveis além de sempre dar voz aos diferentes lados envolvidos no fato que tal notícia relata.
Porém no mundo globalizado e acelerado em que vivemos os comentários e as informações circulam rápido demais e nem todos são capazes de avaliar de forma crítica os conteúdos a que tem acesso. Logo, o velho ditado popular faz-se real e “uma mentira dita muitas vezes vira verdade”.
É principalmente na internet que as falsas notícias circulam,e no mundo dos hiperlinks poucos são os que se dão conta da importância de verificar as fontes e ler de forma crítica são confiáveis. Nas redes sociais é comum ver milhões de compartilhamentos de inverdades advindas de algum blog fake que espalha sensacionalismo na web a caça do dinheiro virtual – os cliques. O pior ponto das notícias falsas espalhadas é exatamente o fato de milhões de pessoas acreditarem compartilharem e tomarem as mentiras como verdades.
É muito fácil difundir desinformações na web conforme afirma o físico britânico Beners-Lee, uma vez que é “impossível de monitorar tudo” e isso prejudica a democracia, pois em um cenário ideal todos teriam o mesmo poder na web, porém a realidade é muito distinta. Especialmente pela imatura e falha fiscalização qualquer pessoa pode espalhar injurias inventar um fato e divulgar inverdades, difamar, usar de uma verdade aliada a mentiras para atingir algo ou alguém, e para responsabilizar os envolvidos ou frear as consequências das Fake News ainda não inventaram uma solução.
Desta forma, quando pensamos no cenário politico, por exemplo, tais estratégias ocorrem o tempo todo, boatos e notícias plantadas já modificaram o desenrolar de campanhas políticas nos EUA e tem aumentado o caos instaurado no cenário político brasileiro. Em um país em que pouco se lê e muito se aliena infelizmente a injuria vira notícia e a difamação vira argumento.

É utopia, mas não custa dizer que se a população fosse devidamente educada e a ponto de conseguir realizar uma leitura crítica não só das notícias mas do mundo como um todo tais artifícios não funcionariam. Só com uma boa educação os cidadãos podem ser mais críticos e seletivos quanto à no que acreditar e então as Fake News não terão tanto poder. 

A espera do seu encontro


Durante muito tempo, vivi me mudando de cidade para cidade, uma pior que a outra. Alguns amigos deixei por aí, tive amores, lágrimas e sorrisos, porém, me pergunto, às vezes: onde é o meu lugar?
Atualmente, já não tenho tanta pressa em buscar um lugar que me complete e me satisfaça. Descobri que a plenitude vem partir das pequenas coisas. São gestos, atitudes simples, pessoas do dia a dia que me fazem perceber o quão importante é viver de forma simples, sem esperar muito pelo que o futuro tem para mim.
O apartamento que aluguei há quatro meses em um condomínio próximo do centro é pacato, de gente como a gente, que está na correria dia sim, no outro também, buscando se satisfazer assim com eu tentei por muitos anos. Do 6º andar olho pela janela e passo por vielas e avenidas que nunca me havia deparado, sem saber ao certo o que procuro.

Até encontrar por acaso o que realmente preciso para me fazer um ser completo, tentando me perguntar se haverá, de fato, um lugar dos sonhos, onde viverei os meus dias até o fim deles. Talvez quando encontrar, eu tenha um nome, um endereço, um mapa ou qualquer coisa que me faça respirar como nunca antes, imaginando o dia que poderei em fim, viver ao seu lado meu amor.

Não consigo acreditar


Estou intensamente perplexo e sem entender o que acontece com o futebol brasileiro. Virou uma máfia, mercado de quem paga mais para ter um título ou outro. A derrota do Grêmio para o Corinthians nesta primeira fase do Campeonato Brasileiro 2017 não tem lógica alguma. O tricolor gaúcho jogava dentro de casa, o Corinthians atravessou o sul do país para ser recebido pelo time gaúcho. estávamos esperando um jogo majestoso por parte do Grêmio, já que um único ponto o separava do líder. E o líder, o “ponta da tabela”, estava ali, em suas mãos, teve pênalti e tudo, estádio lotado, torcida contagiando, empurrando o time pra cima. Não adiantou nada, uma vergonha para um gremista apaixonado como eu. A equipe gremista é excepcional, joga como nenhuma outra joga atualmente, prova disso, é sua campanha pré e pós a esse jogo. O que aconteceu então? Para mim é obvio, não foi o grêmio quem pagou mais.

O santo bateu até demais

Era bom demais para ser verdade. O último dos soldados foi atingido. Confesso, acho que dessa vez não tem volta, me apaixonei.
Essa garota é realmente única, ao menos nunca tinha visto uma assim, parece que eu a desenhei, não pode ser coincidência, ela é tudo que um dia eu desejei: morena, 1 e 60 poucos de altura, bonita? Acho que sim, eu nem me importava mais, preferia o all star ao salto, rockeira e ainda canta e o mais surpreendente, gosta de futebol e videogame, ah esqueci, ela ainda sabe dançar, eu realmente fiquei em choque depois de descobrir tudo isso nela.

É claro que o velho coração latejou diferente, sei lá, dizem que a paixão nos cega, eu fui saber só quando me dei conta que não enxergava outra coisa a não ser ela. Os dias foram passando, a cada minuto aquele sentimento crescia mais e mais, até que eu descobri que a gente combinava até mais do que deveria. Ela também gostava de meninas.

Diversidade: produtos de beleza, por favor, me representem

O mundo da beleza está em alta e a cada ano novas tecnologias são investidas em cosméticos “milagrosos”. O que chama a atenção é a falta da variedade nas mercadorias oferecidas. Cada mulher tem sua particularidade, aquele detalhe que a faz diferente de todas as outras. Mas será que todos esses produtos são desenvolvidos para todas elas? Todas tem o mesmo tipo de cabelo? Mesmo tipo e tom de pele?
Por vários anos, as mulheres usavam apenas o que o mercado oferecia, isso quando tinha. Antigamente, o produto era apenas um hidratante, mas era difícil esconder ou disfarçar as mãos calejadas do trabalho diário. As mais idosas provavelmente nem sabiam sobre os produtos, mas hoje a gama de cosméticos simplesmente ampliou. Com o passar do tempo muita coisa mudou, os produtos foram renovados e um novo conjunto foi ofertado ao mercado.
É percebível que a linha voltada para a maquiagem favorece mulheres de até 40 anos, mas somente essas mulheres precisam se cuidar? E as de 50, já estão fora do “padrão”? Padrão esse que implica há anos, mas poucas se reconhecem nessas referências. A questão é será que todas as mulheres serão lembradas na hora de lançar outro cosmético no mercado? A negra, a branca, a parda, a ruiva... A diversidade é a nossa marca, e por que não a dos produtos?

            Acredito muito na beleza natural, mas um pouco de cuidado nunca é de mais, além de elevar a autoestima é uma forma de evidenciar a feminidade. A invisibilidade da diversidade das mulheres prejudica não apenas o mercado, mas fere aquela que não se sente representada nos xampus, cremes, tons de base, entre outros milhares produtos.

Saudades do Orkut

Eu não sou assim tão saudosista, sou daqueles que pensam mais no futuro do que no passado, mas se tratando das tais redes sociais não tem como não sentir saudades do Orkut.
Para mim, o Orkut sempre será a melhor rede social da história do mundo! Hoje as redes sociais estão cheias de confronto de egos. As pessoas postam fotos, notícias repletas de inverdades, tudo pelas curtidas ou seguidores; fotos que se dissolvem em dez segundos e nunca mais serão vistas.
O Orkut teve seu auge entre 2005 e 2011, chegando a ter 29 milhões de usuários no Brasil. Eu era um daqueles que se recusava a usar o Facebook, simplesmente porque sentia que não precisava daquilo, que o Orkut era realmente melhor. Porém, pela sensação de estar ali sozinho, sendo que todos os meus amigos já tinham se migrado para o “face”, fui convencido a mudar de plataforma, mas durante alguns meses eu ainda loguei no Orkut pra ver se alguém tinha deixado algum scrap.
Scrap, sorte do dia, depoimentos, comunidades, Buddy Poke e tantas outras funções. Se você era jovem demais entre os anos do auge do Orkut, essas palavras podem não trazer um impacto para você, mas para nós – a geração dos 2000 - essas coisas que parecem tão bobas faziam nossa alegria. O diferencial que o Orkut tinha para mim é justamente isso: a maioria estava ali só pela zoeira, pela alegria.
Acordar e ter a “Sorte do Dia” para ler. O Orkut era conselheiro, recebíamos diariamente mensagens inspiradoras do tipo “Quer ser amado, seja amável”; os textões do “face” os quais hoje sou adepto, mas que são criticados pela maioria dos usuários, no Orkut eram muitos cobiçados e aguardados, seja de parentes, amigos, paqueras. Contudo, era um sistema que falhava. Às vezes o usuário mandava um segredo via depoimento e por engano (ou não) era aceito e aquilo acabava se tornando público.
O Orkut também entregava as “Stalkeadas”; caso você visitasse um perfil a pessoa saberia inclusive a contagem de visitas da semana. Alguns iam tirar satisfação, “Me visita e não me adiciona”, “Me adiciona e não deixa scrap”. Scraps eram recados públicos, ficava lá para todo mundo ver. Uns preferiam deixar a contagem para mostrar a popularidade, outros não tão populares mantinham a caixa de recados vazia.
Durante o período do auge, o Orkut revolucionou o mundo ao criar o Buddy Puke. Um aplicativo com gráficos estranhos que permitia aos usuários a criação de um personagem que em tese era para seu o “avatar”. A melhor parte era a interação com outros amigos, coisas como: dar abraços de urso, rosas, cutucar e até dar beijos. Logicamente polêmicas não faltavam.
Eu não acordava cedo por nada nessa vida, o Orkut me faz mudar isso para evitar furtos na Colheita Feliz.  A Colheita Feliz foi um simulador de fazenda em tempo real. O jogo permitia que os membros do Orkut cuidassem de uma fazenda virtual. Plantar, cultivar, além de criar animais. Passávamos horas plantando, colhendo e também roubando nossos amiguinhos.
E por fim, não poderia deixar de falar no que para mim era maior atrativo do Orkut, e o que me causa esse sentimento nostálgico as comunidades do Orkut. Tinha de tudo ali, tudo mesmo! Quem não se lembra das páginas “Eu Odeio Acordar Cedo” ou “Tocava Campainha e Corria”? Era o lugar para trocar ideias e conhecer gente nova, as páginas mostravam como a gente era. Elas ficavam explicitas, todas elas, a gente não ligava e a maioria não fazia nenhum sentido. No entanto, parte do legado do Orkut permanece online: o Google mantém no ar o acervo das comunidades da rede social, caso você queira matar essa saudade.
Infelizmente, o Orkut chegou ao fim. Em 30 de setembro de 2014, o homem que criou e deu o próprio nome a rede social Orkut Büyükkökten anunciou a extinção. Na época o Brasil chegou a reunir 88 mil assinaturas em um abaixo-assinado para que a decisão fosse revogada, mas isso não aconteceu. O Orkut deu seu último suspiro em uma tarde de terça feira.

A nós fica a nostalgia de lembrar tantas alegrias que vivemos naqueles dias. Nós crescemos e a tecnologia dia após dia nos proporciona novas coisas, uma avalanche de novidades a todo instantes, mas no fundo os “Orkuteiros” queriam mesmo era voltar no tempo e viver num mundo sem tantas hashtags. Saudades Orkut!

Violência: não tenho mais paciência

É fato que vivemos em uma sociedade violenta, inúmeros casos de mortes, assassinatos e vítimas baleadas estão estampadas em diversas capas de jornais. O pior é saber que isso não tem dia para acabar.
Recentemente, um caso chamou atenção do país inteiro, uma mulher nos últimos dias de gravidez foi atingida na barriga por um disparo de arma de fogo, o projétil chegou a ferir o bebê que continua em estado grave.
            Essa guerra entre facções afeta muito mais que as gangues. Moradores se escondem dentro de casa em meio ao tiroteio, professoras abraçam alunos tentando acalmá-los. E, além disso, até mesmo dentro de hospitais, vítimas são atingidas. Isso não acontece só no Rio de Janeiro, pode estar muito mais perto do que imaginamos.
                Mas a violência não se resume a isso, a brutalidade que uma mulher é espancada dentro de casa, estuprada e ferida, também fazem parte da porcentagem que cresce a cada dia. É difícil saber que nem sempre isso é denunciado.

A Polícia Militar tem um espaço reservado para denúncias anônimas, mas quando o serviço é utilizado nem sempre recebem a devida atenção que precisavam. Já vi centenas de mulheres que procuraram ajuda e foram mortas por conta da falta de sensibilidade com que os casos são tratados. Até quando? Justiça? Onde? Aqui no Brasil? Atá!

O Reencontro

Nem acredito que te encontrareis...
Sabe?... Eu já tinha perdido as esperanças em ter você comigo. Mais de seis anos sonhando com você, sonhando em sair contigo, ir às lojas, comprar presentes, ser feliz...
Tudo isso porque a minha felicidade vem de você!
Quando a conheci não fazia ideia da falta que você faria, afinal, isto eu só percebia mês a mês.
O sentimento foi crescendo, com juros e correções. Bastaram apenas dois anos e eu não me via mais sem você. Comecei a fazer planos, pensar em férias, quem sabe comprar um carro. Antes de você eu não pensava nessas coisas, mas você estava me fazendo planejar a vida de outra forma.
Mas o mundo dá voltas... brigas - as vezes - são inevitáveis.
Não houve traição, talvez tenha sido o desgaste pelo tempo, eu juro que tentei lhe trazer comigo. Juro que tentei fazer tudo pra fugir com você, mas não deu.
Como diz o ditado “A vida é uma caixinha de surpresas”, eu sinceramente tinha perdido as esperanças em te ter, ver-te, sentir-te, usar-te.
Já tinha se passado dois anos quando recebi a notícia que pela internet que poderíamos nos encontrar. E aconteceu, agora conto os dias pra ter você em meus braços. Sei que será pouco tempo, mas você vai consertar tantas coisas.
Agora finalmente vamos tem um final feliz.

FGTS inativo, como você falta aqui. Você não tem ideia, chegue logo, porque quero e preciso lhe usar.

A falta de controle traz graves consequências

Atualmente, estamos em uma fase onde tudo se faz em torno da tecnologia. É quase impossível passar um dia desconectado. Isso já não é mais uma prática apenas de jovens, as crianças e os idosos já estão craques com tanta novidade.
Novos meios de comunicação surgem no decorrer do tempo e, cada dia, eles vão se adaptando e se renovando. Hoje, o “ao vivo” já não é exclusividade da televisão, podemos ver isso nas redes sociais. Mas, a tecnologia tem dois lados e é hora de falar deles.
O lado positivo de tudo isso é a facilidade com que podemos resolver assuntos importantes, basta mandar um e-mail, uma mensagem e pronto, resolvido! Além de nos proporcionar umas horinhas de diversão. Mas o lado negativo do assunto é o mal que isso pode causar nas vidas das pessoas. Por exemplo, é percebível o agravamento dos casos de ansiedade e depressão. A tecnologia pode ser um fator importante nessa questão.
A dependência das redes sociais pode aumentar o nível de ansiedade. No futuro pode provocar algo mais grave como a depressão e até síndrome do pânico. E com isso, pode trazer a consequência do afastamento das pessoas e até mesmo o isolamento, pelo fato de se sentirem mais à vontade na vida virtual.

Será que existe controle? Quando isso tudo passa dos limites, causam sintomas como estresse e desespero. O uso excessivo do celular pode trazer malefícios para a vida profissional também, mas para alguns o fato de estar conectado o tempo todo acaba sendo uma “fuga” dos problemas da vida real.

Tortura: um crime não justifica o outro

Um adolescente foi torturado após ser suspeito de furto, ele teve a testa tatuada com a frase “Sou ladrão e vacilão”. O jovem de 17 anos sofre com problemas mentais e tem problemas com drogas, foi humilhado e ficou preso às ordens de dois homens que foram responsáveis pela tatuagem. Ao que parece a sociedade está atrasada a mais de quatro mil anos, com pensamentos desumanos e julgamentos. “Justiça” com as próprias mãos nos faz lembrar do Código de Hamurabi: “Olho por Olho, Dente por Dente”. As pessoas não têm empatia e só acreditam em uma versão da história, por isso se tornam mais egoístas. Um crime não justifica o outro.

TECLANDO O ÓDIO

Por muito tempo o ciclo da vida era composto pelos seguintes fatos, nascer, crescer, reproduzir (ou não), envelhecer (nem sempre) e morrer. Hoje nascemos, crescemos, postamos, curtimos, comentamos, reproduzimos (no mínimo algum vídeo) envelhecemos e morremos. A nova sociedade já nasceu na era digital, hoje cada vez mais novos, crianças aprendem a usar smartphones antes de aprenderem ir ao banheiro sozinhas ou saberem amarrar o próprio cadarço do tênis.
Dentre os malefícios que a filha mais amada da tecnologia, a internet deu a seu usuários foi a liberdade de expressão, muitas vezes repletas por discursos de ódio esses seres (longe de serem humanos) disseminam a generalização da descriminação, ou seja inferiorizam uma pessoa por características como etnia, raça, religião, orientação sexual, nacionalidade. A sociedade sonha em ter um lugar melhor se para viver, um lugar como o facebook com disse um dia um pensador contemporâneo que desconhece mas que fez viralizar na internet o seguinte texto: Queria morar lá no facebook todo mundo é do bem,ama os animais,todo mundo odeia os falsos,todo mundo é amigo,odeia corrupção,é revolucionário,é fiel,prefere namorar do que sair,só tem momentos felizes e gosta das pessoas pelo carácter e a inteligência,não pela beleza e valores materiais”. Porém por trás dessas pessoazinhas que querem esse mundo melhor se encontrar seres desprezíveis que nasceram apenas para destruir, tentar inferiorizar e segregar mais ainda um mundo desunido e cheio de ódio.
Os haters, pessoas que se escondem atrás de um computador apenas para ofender e não tem coragem de nem usar o próprio nome para que não sejam descobertos para mostrar a que ponto a intolerância. E o que dizer dessa tal intolerância, a magnitude de achar que podemos sempre mais que os outros só porque discordamos pode gerar situações absurdas, como agressões e ameaças.
O pior de tudo que isso está longe de ter um fim, muitos sites e portais ainda permite a criação de perfis falsos onde esses seres podem ainda se expressar, mas não creio que a culpa disso seja da internet ou das redes sociais, penso como a socióloga Sueli Cabral “Ela é apenas um meio, um instrumento, um caminho de covardes que mobilizam um exército de imbecis que os sustentam”. Assim com bandidos se infiltram em manifestações de bem para causar brigas e promover o vandalismo, na internet bandidos sentem em frente a computadores no conforto do lar e matam dia após dia a esperança de um mundo melhor. Que a policia continue a tentar combater essa nova modalidade de crime digital, mas que você combate também o hater que mora dentro de você.