quarta-feira, 5 de julho de 2017

TECLANDO O ÓDIO

Por muito tempo o ciclo da vida era composto pelos seguintes fatos, nascer, crescer, reproduzir (ou não), envelhecer (nem sempre) e morrer. Hoje nascemos, crescemos, postamos, curtimos, comentamos, reproduzimos (no mínimo algum vídeo) envelhecemos e morremos. A nova sociedade já nasceu na era digital, hoje cada vez mais novos, crianças aprendem a usar smartphones antes de aprenderem ir ao banheiro sozinhas ou saberem amarrar o próprio cadarço do tênis.
Dentre os malefícios que a filha mais amada da tecnologia, a internet deu a seu usuários foi a liberdade de expressão, muitas vezes repletas por discursos de ódio esses seres (longe de serem humanos) disseminam a generalização da descriminação, ou seja inferiorizam uma pessoa por características como etnia, raça, religião, orientação sexual, nacionalidade. A sociedade sonha em ter um lugar melhor se para viver, um lugar como o facebook com disse um dia um pensador contemporâneo que desconhece mas que fez viralizar na internet o seguinte texto: Queria morar lá no facebook todo mundo é do bem,ama os animais,todo mundo odeia os falsos,todo mundo é amigo,odeia corrupção,é revolucionário,é fiel,prefere namorar do que sair,só tem momentos felizes e gosta das pessoas pelo carácter e a inteligência,não pela beleza e valores materiais”. Porém por trás dessas pessoazinhas que querem esse mundo melhor se encontrar seres desprezíveis que nasceram apenas para destruir, tentar inferiorizar e segregar mais ainda um mundo desunido e cheio de ódio.
Os haters, pessoas que se escondem atrás de um computador apenas para ofender e não tem coragem de nem usar o próprio nome para que não sejam descobertos para mostrar a que ponto a intolerância. E o que dizer dessa tal intolerância, a magnitude de achar que podemos sempre mais que os outros só porque discordamos pode gerar situações absurdas, como agressões e ameaças.
O pior de tudo que isso está longe de ter um fim, muitos sites e portais ainda permite a criação de perfis falsos onde esses seres podem ainda se expressar, mas não creio que a culpa disso seja da internet ou das redes sociais, penso como a socióloga Sueli Cabral “Ela é apenas um meio, um instrumento, um caminho de covardes que mobilizam um exército de imbecis que os sustentam”. Assim com bandidos se infiltram em manifestações de bem para causar brigas e promover o vandalismo, na internet bandidos sentem em frente a computadores no conforto do lar e matam dia após dia a esperança de um mundo melhor. Que a policia continue a tentar combater essa nova modalidade de crime digital, mas que você combate também o hater que mora dentro de você.


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