Por
muito tempo o ciclo da vida era composto pelos seguintes fatos, nascer,
crescer, reproduzir (ou não), envelhecer (nem sempre) e morrer. Hoje nascemos,
crescemos, postamos, curtimos, comentamos, reproduzimos (no mínimo algum vídeo)
envelhecemos e morremos. A nova sociedade já nasceu na era digital, hoje cada
vez mais novos, crianças aprendem a usar smartphones antes de aprenderem ir ao
banheiro sozinhas ou saberem amarrar o próprio cadarço do tênis.
Dentre
os malefícios que a filha mais amada da tecnologia, a internet deu a seu
usuários foi a liberdade de expressão, muitas vezes repletas por discursos de
ódio esses seres (longe de serem humanos) disseminam a generalização da
descriminação, ou seja inferiorizam uma pessoa por características como etnia,
raça, religião, orientação sexual, nacionalidade. A sociedade sonha em ter um
lugar melhor se para viver, um lugar como o facebook com disse um dia um
pensador contemporâneo que desconhece mas que fez viralizar na internet o
seguinte texto: “Queria morar lá no facebook todo mundo é do
bem,ama os animais,todo mundo odeia os falsos,todo mundo é amigo,odeia
corrupção,é revolucionário,é fiel,prefere namorar do que sair,só tem momentos
felizes e gosta das pessoas pelo carácter e a inteligência,não pela beleza e
valores materiais”. Porém por trás dessas
pessoazinhas que querem esse mundo melhor se encontrar seres desprezíveis que
nasceram apenas para destruir, tentar inferiorizar e segregar mais ainda um mundo
desunido e cheio de ódio.
Os
haters, pessoas que se escondem atrás de um computador apenas para ofender e
não tem coragem de nem usar o próprio nome para que não sejam descobertos para
mostrar a que ponto a intolerância. E o que dizer dessa tal intolerância, a
magnitude de achar que podemos sempre mais que os outros só porque discordamos
pode gerar situações absurdas, como agressões e ameaças.
O
pior de tudo que isso está longe de ter um fim, muitos sites e portais ainda
permite a criação de perfis falsos onde esses seres podem ainda se expressar,
mas não creio que a culpa disso seja da internet ou das redes sociais, penso
como a socióloga Sueli Cabral “Ela é apenas um meio, um instrumento, um caminho
de covardes que mobilizam um exército de imbecis que os sustentam”. Assim com
bandidos se infiltram em manifestações de bem para causar brigas e promover o
vandalismo, na internet bandidos sentem em frente a computadores no conforto do
lar e matam dia após dia a esperança de um mundo melhor. Que a policia continue
a tentar combater essa nova modalidade de crime digital, mas que você combate
também o hater que mora dentro de você.
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