Assim que ouvi o fechar da
porta e o ronco do carro desaparecer, pulei da minha cama para fazer daquele o
dia mais feliz da minha vida.
Corri pela casa, pulei nos
sofás, comi tudo que pude pegar na geladeira e nos armários, assustei o filho
chato da vizinha, pulei na piscina e passeei pela casa sem me secar antes de
entrar. Abri as gavetas de roupa da mamãe, usei os sapatos do papai e fiz uma
chuva de papel picado com a correspondência que o carteiro passou por baixo da
porta.
Eu estava fazendo outra
festa na sala quando ouvi gritos agudos.
- MIKE! – minha mãe me
encarava em um misto de confusão e raiva.
- O que foi querida? – meu
pai chegou correndo e arregalou os olhos ao ver a destruição da sala.
- Eu vou matá-lo! – ela
encarou meu pai furiosamente enquanto apontava para mim. – Eu falei que deixar
um pastor alemão dentro de casa não ia dar certo!
Não sei por que, mas meu pai
caiu na risada.
Infelizmente, aquele
dia tive que dormir na casinha, droga.
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