Durante
muito tempo, vivi me mudando de cidade para cidade, uma pior que a outra.
Alguns amigos deixei por aí, tive amores, lágrimas e sorrisos, porém, me
pergunto, às vezes: onde é o meu lugar?
Atualmente,
já não tenho tanta pressa em buscar um lugar que me complete e me satisfaça.
Descobri que a plenitude vem partir das pequenas coisas. São gestos, atitudes
simples, pessoas do dia a dia que me fazem perceber o quão importante é viver
de forma simples, sem esperar muito pelo que o futuro tem para mim.
O
apartamento que aluguei há quatro meses em um condomínio próximo do centro é
pacato, de gente como a gente, que está na correria dia sim, no outro também,
buscando se satisfazer assim com eu tentei por muitos anos. Do 6º andar olho
pela janela e passo por vielas e avenidas que nunca me havia deparado, sem
saber ao certo o que procuro.
Até
encontrar por acaso o que realmente preciso para me fazer um ser completo,
tentando me perguntar se haverá, de fato, um lugar dos sonhos, onde viverei os
meus dias até o fim deles. Talvez quando encontrar, eu tenha um nome, um
endereço, um mapa ou qualquer coisa que me faça respirar como nunca antes,
imaginando o dia que poderei em fim, viver ao seu lado meu amor.
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