A cultura indígena não pode
se perder com o tempo. Quando os primeiros portugueses atracaram com seus
navios em terras tupiniquins, mal sabiam que a região que acreditavam ser uma
descoberta, era na verdade, habitada por cerca de cinco milhões de índios.
Desde que chegaram aqui, os
portugueses e os povos europeus provocaram inúmeros malefícios aos povos
indígenas, como: doenças e exploração desordenada de terras e minerais. Esse
tipo de exploração causou elevados níveis de mortalidade dos índios que aqui residiam.
O pior é saber, que essas terras, que antigamente eram todas desses nativos,
continua sendo desmatada e destruída para que milhares de hectares de
plantações ocupem o lugar do que antes eram florestas e casa de muitas dessas
tribos.
Podemos ver diariamente nos
noticiários de todo país, grupos indígenas entrando em confronto armando com
autoridades policiais, agricultores e donos de terra. É incessante a luta desse
povo em reconquistar o que sempre foi seu por direito. Brigas como esta deixam
clara a vontade de quem tem autoridade sobre esse chão: manter distante todo e
qualquer resquício da cultura indígena, apagando completamente uma das maiores
riquezas do Brasil, sua história, seu passado e suas origens.
Esquecer essa cultura
isolando todos os descendentes indígenas parece ser a melhor alternativa para
quem é dono do poder e das maiores partes de terra. Para esses, quanto menos
pessoas estiverem em seus caminhos melhor, ter alguém reivindicando o que é seu
nunca será favorável para eles. O mínimo que deveriam fazer é tratar com
respeito e dignidade qualquer indivíduo indígena, como qualquer semelhante,
afinal, trate-se de um ser humano também.
O certo seria promover a
inclusão, integrar esse grupo de sujeitos na sociedade, pelo menos aqueles que
se sentem a vontade com isso. Muitos índios, preferem se abster da vida com a
sua tribo e encarar novos desafios e seguir um novo rumo, em meio a sociedade
moderna, fora do seu mundo. Infelizmente, o indígena que tiver essa iniciativa,
encontrará muitos desafios e rejeições por parte das pessoas que moram na
cidade. Por outro lado, aquele índio ou descendente que quer o seu espaço,
precisa ser respeitado, não se pode proibir alguém de ter algo que é seu por
direito, pois a história prova que ele chegou à “Terra de Cabral” primeiro, a colonizou
e se fez homem de fato neste lugar antes de qualquer português erguer sua
bandeira.
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