sábado, 1 de julho de 2017

Não deixe a origem morrer


A cultura indígena não pode se perder com o tempo. Quando os primeiros portugueses atracaram com seus navios em terras tupiniquins, mal sabiam que a região que acreditavam ser uma descoberta, era na verdade, habitada por cerca de cinco milhões de índios.
Desde que chegaram aqui, os portugueses e os povos europeus provocaram inúmeros malefícios aos povos indígenas, como: doenças e exploração desordenada de terras e minerais. Esse tipo de exploração causou elevados níveis de mortalidade dos índios que aqui residiam. O pior é saber, que essas terras, que antigamente eram todas desses nativos, continua sendo desmatada e destruída para que milhares de hectares de plantações ocupem o lugar do que antes eram florestas e casa de muitas dessas tribos.
Podemos ver diariamente nos noticiários de todo país, grupos indígenas entrando em confronto armando com autoridades policiais, agricultores e donos de terra. É incessante a luta desse povo em reconquistar o que sempre foi seu por direito. Brigas como esta deixam clara a vontade de quem tem autoridade sobre esse chão: manter distante todo e qualquer resquício da cultura indígena, apagando completamente uma das maiores riquezas do Brasil, sua história, seu passado e suas origens.
Esquecer essa cultura isolando todos os descendentes indígenas parece ser a melhor alternativa para quem é dono do poder e das maiores partes de terra. Para esses, quanto menos pessoas estiverem em seus caminhos melhor, ter alguém reivindicando o que é seu nunca será favorável para eles. O mínimo que deveriam fazer é tratar com respeito e dignidade qualquer indivíduo indígena, como qualquer semelhante, afinal, trate-se de um ser humano também.
O certo seria promover a inclusão, integrar esse grupo de sujeitos na sociedade, pelo menos aqueles que se sentem a vontade com isso. Muitos índios, preferem se abster da vida com a sua tribo e encarar novos desafios e seguir um novo rumo, em meio a sociedade moderna, fora do seu mundo. Infelizmente, o indígena que tiver essa iniciativa, encontrará muitos desafios e rejeições por parte das pessoas que moram na cidade. Por outro lado, aquele índio ou descendente que quer o seu espaço, precisa ser respeitado, não se pode proibir alguém de ter algo que é seu por direito, pois a história prova que ele chegou à “Terra de Cabral” primeiro, a colonizou e se fez homem de fato neste lugar antes de qualquer português erguer sua bandeira.


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