O
famoso muro de Berlim permaneceu por 28 anos separando as Alemanhas Oriental e
Ocidental. Além disso, dividiu opiniões em todos os lugares do mundo. No
Brasil, especificamente, em São Paulo, um muro voltou a dividir opiniões. Não
um, mas todos os muros da cidade.
O
prefeito de São Paulo, João Dória, lançou, no dia 2 de janeiro deste ano, o
Programa Cidade Linda. Junto ao projeto se iniciou uma história que está longe
de ter um fim. A polêmica maior se dá ao fato de Dória ter substituído a
maioria dos grafites e pichações da cidade por uma tinta de cor cinza.
Definitivamente,
pichação não é arte. Nunca foi, nunca será. O único muro que um pichador tem o
direito de pintar é o da própria casa, isso se ele tiver uma. Pichação não é um
trabalho reconhecido, não vejo na agência do trabalho vagas para tal ocupação,
ou melhor, para a desocupação.
Dória
fez o certo, e tem o apoio da população de bem. A maioria dos paulistas aprovou
a decisão e, realmente, estão vendo uma cidade limpa. Os pichadores reclamam da
falta de diálogo vindo da parte do prefeito. Porém, com vândalos quem tem que
dialogar é a polícia. Com os artistas que trabalham com grafite, sim. Os
grafiteiros, esses merecem ser ouvidos, pois realmente têm o interesse em criar.
Dória deve determinar um espaço onde eles possam se expressar por meio de sua
arte, diferente daqueles outros que só querem destruir.
A
guerra do spray está longe de ter um fim, e ela não terá um final feliz para
todos. Se o problema for somente a cor cinza, ao prefeito sugiro, da próxima
vez, usar uma cor lilás para decorar os muros.
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