quinta-feira, 8 de junho de 2017

Planeta impureza: a imundície terá preço



As temperaturas oscilam entre altas e baixas. Em tom sarcástico e, no entanto, trágico, a mencionada situação poderia ser compreendida como uma bipolaridade dos aspectos climáticos. A ironia nessa previsão do tempo se constitui do fato de que a culpa é atribuída tão somente ao “clima”. Agora me dê os motivos das constantes mudanças na atmosfera da terra: por um acaso as árvores se cortam sozinhas? O lixo se arremessa no chão por vontade própria? Não, e olhe que se o chão pudesse falar, ele pediria socorro por tanto desleixo com o pobre coitado que, além de pisoteado, recebe de brinde uma grande falta de preservação.
Seres humanos costumam se preocupar com o que lhes é atribuído enquanto características. Penso eu que se chamados de sujos, ficam irritados pelo mau significado que o termo emprega.  Todavia, percebo que não há melhor conjugação para tal indivíduo que, sem receio ou preocupação, polui e destrói o ecossistema e, gradativamente, degenera o meio ambiente. O desasseio é tal com o habitat em que vivemos, com a ética que deveria existir diante dos recursos naturais e, sobretudo, com os próprios seres vivos que residem no designado “planeta terra”, atualmente podendo ser reconhecido como planeta impureza.
Os valores de preservação estão mais escassos que o número de peixes sobreviventes nos rios poluídos das terras brasileiras. São mais de 1000 espécies em risco de extinção somente no Brasil, sem mencionar o número alarmante de queimadas que tostam o chão, as plantas e a esperança de voltar a respirar ar puro um dia. As pessoas perderam o senso de cultivo dos bens naturais, tal como o zelo dos mesmos. As ações, por mínimas que pareçam ser, somam exorbitantemente ao fim das atitudes imprudentes para com o meio ambiente.  O que não é cogitado me parece um risco: o papel de bala jogado no chão, a árvore cortada ou o descarte de resíduos químicos em locais inapropriados, entre outras tantas ações que comprometem a vida do ecossistema, acometem também a saúde pública. Contaminação mata!
Ao se deparar com essa realidade exposta, o plantio de árvores serve como promoção por meio de ações ambientais. O interesse de reconstituir a flora é mercadológico e estipulado com base em premiações financeiras, tanto à ONGS quanto à empresas que as promovem. Irônico é saber que a poluição é de graça, mas reconstruir o ambiente exige um preço.

Quem paga caro devido às consequências é o próprio mundo. Não é preciso ser garota do tempo do jornal para alertar as previsões futuras. Assim como sombra que se ganha quando árvores plantadas crescem, os frutos da falta de afeito com o planeta terra serão dolorosamente colhidos.

0 comentários:

Postar um comentário