As
temperaturas oscilam entre altas e baixas. Em tom sarcástico e, no entanto, trágico,
a mencionada situação poderia ser compreendida como uma bipolaridade dos
aspectos climáticos. A ironia nessa previsão do tempo se constitui do fato de
que a culpa é atribuída tão somente ao “clima”. Agora me dê os motivos das
constantes mudanças na atmosfera da terra: por um acaso as árvores se cortam
sozinhas? O lixo se arremessa no chão por vontade própria? Não, e olhe que se o
chão pudesse falar, ele pediria socorro por tanto desleixo com o pobre coitado
que, além de pisoteado, recebe de brinde uma grande falta de preservação.
Seres
humanos costumam se preocupar com o que lhes é atribuído enquanto
características. Penso eu que se chamados de sujos, ficam irritados pelo mau
significado que o termo emprega. Todavia,
percebo que não há melhor conjugação para tal indivíduo que, sem receio ou
preocupação, polui e destrói o ecossistema e, gradativamente, degenera o meio
ambiente. O desasseio é tal com o habitat em que vivemos, com a ética que
deveria existir diante dos recursos naturais e, sobretudo, com os próprios
seres vivos que residem no designado “planeta terra”, atualmente podendo ser
reconhecido como planeta impureza.
Os
valores de preservação estão mais escassos que o número de peixes sobreviventes
nos rios poluídos das terras brasileiras. São mais de 1000 espécies em risco de
extinção somente no Brasil, sem mencionar o número alarmante de queimadas que
tostam o chão, as plantas e a esperança de voltar a respirar ar puro um dia. As
pessoas perderam o senso de cultivo dos bens naturais, tal como o zelo dos
mesmos. As ações, por mínimas que pareçam ser, somam exorbitantemente ao fim
das atitudes imprudentes para com o meio ambiente. O que não é cogitado me parece um risco: o
papel de bala jogado no chão, a árvore cortada ou o descarte de resíduos
químicos em locais inapropriados, entre outras tantas ações que comprometem a
vida do ecossistema, acometem também a saúde pública. Contaminação mata!
Ao
se deparar com essa realidade exposta, o plantio de árvores serve como promoção
por meio de ações ambientais. O interesse de reconstituir a flora é
mercadológico e estipulado com base em premiações financeiras, tanto à ONGS quanto
à empresas que as promovem. Irônico é saber que a poluição é de graça, mas
reconstruir o ambiente exige um preço.
Quem
paga caro devido às consequências é o próprio mundo. Não é preciso ser garota
do tempo do jornal para alertar as previsões futuras. Assim como sombra que se ganha
quando árvores plantadas crescem, os frutos da falta de afeito com o planeta
terra serão dolorosamente colhidos.
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