sexta-feira, 9 de junho de 2017

Planta problema


O assunto sobre descriminalizar a maconha é antigo e polêmico, mas, até hoje, ninguém resolveu nada. Aqueles que são a favor argumentam sobre o benefício da planta nos casos de epilepsia, doenças crônicas e que se fosse liberada no Brasil o problema com o tráfico de drogas iria diminuir, assim como aconteceu na Holanda com a liberação. Também falam que a maconha vendida seria controlada e de boa qualidade.

Bons argumentos, mas que não me convencem. Nos casos ligados à saúde, não é a maconha em si que ajuda no tratamento, mas uma substância que contêm nela. Sobre o controle, ninguém garante que pessoas que já receberam sua “dose mensal” não irão em busca de mais quando acabar e de formas ilícitas. Por fim, a comparação do Brasil com a Holanda, que o resultado da descriminalização diminuiria o tráfico de drogas, não se sustenta. Estamos falando de países diferentes em tamanho, cultura e estrutura, o que a torna quase inútil. Se assim fosse, muitos problemas em outros países seriam resolvidos com base nos outros que já lidaram com o problema.

O uso da maconha vai degradando a pessoa. Não é tão rápido quanto a cocaína e drogas mais pesadas, mas, o fim é o mesmo. Quem quer que a maconha seja liberada não sabe o que é ter uma pessoa viciada nessa substância vivendo sob o mesmo teto. Pode-se ter controle por um tempo, mas o vício é inevitável. Se fosse fácil, muitos dependentes largariam a maconha ao se verem dependentes dela, mas o que acontece é o contrário. A maconha se torna fraca, o efeito já não é o mesmo e a pessoa passa a procurar drogas mais pesadas.

O tráfico de drogas tem que ser resolvido de outra maneira e os remédios que precisam da planta, que seja só a substância em si e não tudo. Esse assunto não vai deixar de ser polêmico e nem vai se resolvido em breve, o que nos resta é analisar cada situação detalhadamente e ver se vale a pena mesmo liberar ou não o uso da maconha, seja da maneira que for.

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